Estouro
em 300.000 partículas que sabem a açúcar
e
atravesso a tua pupila num orgasmo redondo, circular e branco...
Acovilho
o teu tesouro com a ansiedade dum prazer infinito e mudo
que
me enche com a plenitude da lua cheia
e
como com voracidade duma fome que feroz te engole
como
um pão, vivo e gigante...
Beijo
os astros do teus olhos e mordo o falo
que
nos sustém na boca do tempo
Tomamo-nos,
perdidos nos nossos fluidos
e
rompemos pedaços dos hemisférios
que
criamos para sonhar.
Sentimo-nos,
cada músculo é um som
uma
tecla
que
tocamos na paixão desmesurada
devorando-nos
e morrendo
para
renascer como animais posuídos
pelo
celo...
(O
coito é a essência que nos unifica)
Para
a INSUA que inspira estes versos...
Poema publicado em Elipse número 5 de Círculo Edições